sábado, 14 de abril de 2018

Sedução - Por Telma Jábali Barretto

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Quase sempre pensamos em sedução como coisa de casal, mas... o tempo, Mestre Kala, Saturno, tem nos ensinado que não se resume a isso...
Muitos, muitos mesmo são os motivos para seduzir e bem mais são as razões que movem as pessoas sedutoras e aquelas serem seduzidas. Quase sempre um estranho exercício de poder, algo a testar as próprias habilidades usando qualquer forma de encanto em que o domínio sobre o outro é produtor de prazer.
Normalmente, quando se desenvolve essa forma de fascínio, ao início, o testar foi mesmo na forma mais básica, numa condição do a dois, seja nessa ou em outra anterior ‘encadernação’ qualquer, em que nos tenhamos posto à prova e bons resultados tenhamos lembrança, por isso mesmo podemos cair à mercê do pessoal enredo, levando-nos aos mais interessantes e extravagantes propósitos de autoteste, numa escala crescente de desafios, trazendo ganhos mais ‘relevantes’ ao curriculum...
Autoteste é sempre bem-vindo ! Alinha nossa auto-estima, mas...levando em conta o cuidado com o outro. Alteridade !!!
Se o magnetismo pessoal é natural, vem de dentro, numa aura propiciadora de calma, conhecimento ou qualquer  outra qualidade ao próximo, flui uma espécie de pacto de proximidade benfazeja, contato a ser, também, naturalmente, usufruído, gerador de ganho para todos, desde de uma relação a dois até e nas muitas e outras convivências que participamos de trabalho, amizade ou grupos com os quais permutamos, de maneira enriquecedora.


No contexto mais pessoal, somos quase sempre mais atentos pois, por ali, nossa vulnerabilidade aparece mais pronta também, conscientes do quanto nos ameaça e desvenda... Já nos coletivos, costumamos ser mais inocentes, porque não nos vacinamos, totalmente, quanto aos salvadores, omnipotentes, doadores daquilo que esperamos gratuitamente, via suas generosas mãos!?...Um lado nosso infantil, ainda, adora promessas miraculosas, mantenedoras dessa mesma infância irresponsável ! E, quanto mais românticos somos nisso, mais presas fáceis nos tornamos, abdicando do critério num conforto do piloto automático para continuar não assumindo o próprio leme, até onde nos caiba. Somos serenas e ingênuas presas de barganhas via  auto-estima pouco conhecedoras de nós mesmos: qualquer elogio enleva, qualquer crítica destrói. Não sabemos quem somos e acreditamos no que dizem de nós...?!... com ou sem fundamento!?...

Há que se saber si !!! Encantar-se e preocupar-se por aquilo que nossa bússola interna sinalize! E, mesmo e quando nos engane, respeitar a dor do engano ou a passageira conquista e com ambos crescer, aprender e, mais ainda, apreender! Numa atitude de maturidade de quem enxerga a vida além dos pares ‘de’ opostos, contra e a favor, bom e ruim, mas floresce em meio as experiências percebendo nelas todas oportunidades de conhecimento, conscientização e contínuo despertar. E... que no fascínio, aí sim, pelas próprias descobertas, estimule a outros a desvendarem-se !



Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil por formação acadêmica, é também uma experiente astróloga; instrutora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta reflexão, fala sobre o tema da sedução, mas sob aspectos bem mais profundos do que geralmente tal assunto costuma despertar na percepção superficial das pessoas.

 

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