terça-feira, 20 de outubro de 2015

Um Jazz - Por Julio Revoredo

Barbalhafa ao vento, o gato marejado de óbitos, com sete vidas
O Fogo pálido, mas ácido, ascende com as enguias

Gato insociável, não adianta sonhar, ou querer, para ter, pois a vida não é uma linha reta, e nem a sombra de Heráclito, secreta
Mas o olho animal e sideral, não é visual, pode estar ableptico, tudo é Maya, e o sonho constante, e o gato salta, enquanto o globo ocular, sebel em semisférios, gira
Mergulho numa Grapete, visto-me de Parque Xanghai, estou em 67

O gato repula, e vem a azul superfície

A barbafalha, farfalha ao fogo deslumbrado e psicodélico

Não mais o gato, a linha do papagaio que agora é o sonho e a sombra da mulher curvilínea, que nua, corre por uma rua, por onde do nada, desvanece, e o gato marejado de óbitos


Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas músicas que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. Neste poema, ele brinca com a possibilidade das sete vidas que os gatos possuem, supostamente pela tradição do nosso folclore.

4 comentários:

  1. Luiz como entra em contato com Júlio.
    Amigo de infância em Pirassununga,SP
    Obrigado.
    Arnaldo.

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    Respostas
    1. Alô, Arnaldo !

      Grato pela gentileza de prestigiar o trabalho do Julio e o meu Blog. Passe-me o seu E-mail por favor, que eu repasso ao Julio.

      No aguardo...

      Grato !!

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