segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 106 - Por Luiz Domingues


Embora fosse óbvio que teríamos gastos adicionais da ordem de ajustes de manutenção do veículo, além das prestações da aquisição propriamente dita, o nosso sócio-motorista, sempre minimizara tais questões, como se fosse fácil resolvê-las. É claro que não era, mas a contrapartida dessa aquisição, foi a óbvia perspectiva de aumento da demanda de shows, com o consequente aumento da arrecadação. Nesses termos, pareceu que a estratégia lograria êxito, e na pior das hipóteses, nós conseguiríamos manter a banda na faixa do "azul", o que já seria aceitável naquele momento.
Rara foto desse show realizado no Delta Blues de Campinas-SP em 2001, e do acervo pessoal do nosso roadie, Samuel Wagner

Enfim, nós gastamos uma boa quantia para se prover alguns ajustes mínimos, no intuito de usar o ônibus o quanto antes e torná-lo assim, rentável. E a primeira experiência com o veículo, se deu no início de setembro de 2001. Fomos à Campinas-SP, para mais uma apresentação a ser feita na casa de shows, "Delta Blues".

Como a cidade de Campinas dista apenas cem km de São Paulo, julgamos ser uma experiência ideal para testar o carro na estrada e sentirmos assim, se poderíamos confiar no seu desempenho.

O motorista também pareceu estar bastante animado e como costumava enfatizar, queria "curtir a vida na estrada", a levar a banda para tocar à toda parte.

Nesses termos, pareceu uma parceria perfeita, mas não pensávamos nessa ocasião, o quão imprudente seria contar com um único motorista para conduzir o veículo. Na animação inicial, não ponderamos os impedimentos inevitáveis que poderiam ocorrer, tais como: problemas de saúde, imprevistos familiares, problemas com a carteira de habilitação do dito cujo etc...

Tais questões só viriam à tona, tempos depois, quando nos deparamos com eventos desse nível, pois naquele momento inicial, só pensávamos na praticidade do cotidiano. E assim, com o ônibus submetido a pequenos ajustes iniciais básicos (troca de óleo e filtros, dois pneus novos, um check-up na mecânica, freios e parte elétrica), fomos então testá-lo em seu primeiro desafio.

Eu posso afirmar hoje em dia, que inaugurou-se dessa forma, uma nova etapa na vida da banda e não simplesmente a caracterizar-se como uma mera aquisição. Realmente, daí em diante, a condução da nossa logística pautou-se muito em função desse ônibus, pelos aspectos bons e ruins de tal rumo que tomamos. 

Continua... 

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