terça-feira, 7 de julho de 2015

Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 90 - Por Luiz Domingues


E nesses termos, comecei a escrever no sentido de buscar a diferenciação entre os estilos de redação, a usar gírias e maneirismos linguísticos condizentes com os adolescentes do final dos anos noventa, e assim abordar diversos aspectos inerentes da temática central que nos norteava. Como se tratava de uma discussão ampla, ficara obviamente cabível que houvessem diversos flancos para serem atacados, e foi nessa determinação que eu trabalhei forte nesses meses de 1998.
Carlos Fazano, não era meu aluno, mas um agregado das aulas desde 1987, e um dos mais entusiasmados por esse movimento, por conta de suas convicções fortemente coadunadas com a vibração aquariana.

Alguns alunos e colaboradores agregados também contribuíram com textos, mas o grosso do material foi mesmo disponibilizado por eu mesmo. A maior parte dos textos foi criação minha, e todos os dias, eu costumava entregar aos meus alunos e agregados, material para que eles fizessem cópias com as suas respectivas caligrafia ou a usar os seus meios de digitação (máquinas de escrever ainda eram bastante usadas nessa época, apesar da internet estar a cada dia, mais popular). 

Entrementes, o grande momento para essa movimentação, foi quando as primeiras cartas começaram a ser publicadas nos grandes jornais.
Melhor ainda, quando notamos que os jornalistas estavam a se mostrar incomodados, ao emitir respostas previsíveis, visto serem comprometidos com uma ordem estética contrária. Foi quase a prova cabal de que a minha tese não era um delírio, tampouco objeto de teoria da conspiração, mas de fato, nas redações dos grandes jornais, tal prerrogativa era mesma seguida com ferrenha disciplina militarizada. 

 A quem interessa manter essa viciada mentalidade como status quo crônico na difusão cultural?
Continua... 

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