segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Autobiografia na Música - Pitbulls on Crack - Capítulo 42 - Por Luiz Domingues


A história desse patrocínio foi mais um contato aberto pelo nosso baterista, Juan Pastor. A verdade foi que em paralelo ao crescimento da banda, ele também ascendia em sua carreira como radialista. Quando o Pitbulls on Crack começou a sua trajetória, em janeiro de 1992, ele era um estagiário na emissora, e ainda concluía o seu curso na Faculdade. Todavia, nesta altura de 1994, havia crescido na empresa, e já era figura-chave na engrenagem da rádio, com colaboração nos textos; programação, e locução. 

Dessa forma, tornou-se também muito assediado por artistas e aspirantes a; mais produtores; jornalistas, divulgadores de gravadoras etc. E através der um desses contatos, conheceu um rapaz que mantinha uma confecção especializada em vestimentas com a motivação em torno do surf / streetwear, e que ofereceu-lhe um patrocínio para o Pitbulls on Crack. Foi uma cota a contemplar uma quantidade razoável de camisetas por mês, em troca de ações de merchandising simples de nossa parte, tais como : o nome deles a ser exposto em cartazes e filipetas, e que usássemos nos shows, as suas camisetas e / ou bonés para exibir-se a logomarca deles. Simples, sem sacrifícios maiores. Evidentemente que aceitamos.
Nessas fotos informais, clicadas pelo presidente do fã-clube, Jason Machado, por ocasião de um ensaio da banda no estúdio Spectrum, em 1994, dá para ver o Chris Skepis a usar uma camiseta que o patrocinador fez para nós, e eu, Luiz Domingues, a usar uma outra, de cor preta, com a sua espalhafatosa logomarca na estampa...
  
Não houve um contrato redigido formal, mas apenas um acordo verbal. Então recebemos o primeiro lote com camisetas. Eram simples, com o logo do Pitbulls on Crack, mais a mesma figura do cão pitbull que usávamos no cenário, e na parte de trás, a logomarca da empresa. O grande problema, é que no momento decisivo em usar-se as camisetas com a marca deles, mais gritante nos shows, ninguém quis usar, pois estas eram espalhafatosas demais ! Como resultado, só eu passei a usá-la regularmente para honrar o compromisso. Era uma camiseta preta, com letras garrafais em laranja. Quem conhece-me, sabe que raramente, para não dizer nunca, uso camisetas.  

E se tiver que usar, jamais seria preta, e ainda mais com aquela logomarca gritante e a evocar a moda "streetwear", algo que eu abomino. Foram poucos shows realizados com tal sacrifício, contudo, pois logo o patrocínio foi rompido, por que a confecção entrou em uma crise interna e ficou impossibilitada em fornecer-nos mais camisetas, conforme o acordo firmado. E nesse caso, não soube se ria ou chorava...

Continua... 

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