segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 20 - Por Luiz Domingues

    O excelente e tarimbado diretor e editor, Eduardo "Xocante"

O Eduardo Xocante não interferiu na escolha da música. A liberdade artística foi inteiramente em nosso favor. Estávamos em dúvida entre escolher : "Sou Mais Feliz" ou "O Dito Popular". A escolha pelo "Dito", foi por quê desejávamos algo mais impactante, ritmado, além da questão do jogo de palavras exposto pela letra da canção, ser muito bom.

Tínhamos esperança de que a contundência da letra, aliada ao jogo de palavras com ditados populares, realmente pudesse popularizar-se. Daí a escolha. Definida a música, a escolha de um estúdio para filmarmos foi orientada pelo Eduardo Xocante, que conhecia diversos estúdios em São Paulo, graças aos muitos anos em que trabalhou como diretor de comerciais de TV; vídeoclips de artistas musicais e diversos outros trabalhos na área dos audiovisuais.

Ele optou por um estúdio com algumas unidades espalhadas por São Paulo e coincidentemente, uma delas era situada na esquina da rua onde também funcionava o estúdio Overdrive, QG do Pedra, com a sua transversal. Não dependia de nós, exclusivamente,  escolhermos esse estúdio, apesar da comodidade de estar localizado a menos de cem metros de nosso próprio QG, sem ao menos precisar atravessar a calçada. Essa decisão dependia da agenda do estúdio.


Quase fomos agendados para uma outra unidade, localizada no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo, todavia, enfim tiramos a sorte grande e marcou-se a nossa filmagem para a esquina, mesmo ! O Eduardo Xocante minimizou custos porque simpatizou conosco e vestiu a nossa camisa, porém, mesmo assim, houve despesas extras que tivemos que arcar, como o aluguel desse estúdio. Toda a equipe de iluminação; filmagem, e o diretor de fotografia (Aníbal Fontoura), foram suas indicações. Pessoal tarimbado e acostumado a todo tipo de trabalho com audiovisual em geral, alguns inclusive, familiarizados com o cinema autoral.

Viviane Marques é a moça do meio, a usar blusa escura, nessa foto rodeada por Ana Cançado, e o artista plástico, Erickson Britto


Viviane Marques atuou como codiretora, e produtora associada.
O Xando levou um pedaço do P.A. do Overdrive para alimentar o áudio guia, e não o tempo todo, mas durante um certo período, o nosso técnico, Renato Carneiro, esteve presente para dar-nos suporte no áudio.

A questão visual nunca foi um ponto forte na carreira do Pedra. Nunca houve um consenso sobre essa identidade, e eu lamento muito isso, pois certamente que trata-se de um quesito importante na carreira de qualquer artista, seja lá de qual vertente pertença. Sendo assim, eu produzi-me com um visual bem próximo do que estava acostumado a usar, desde minha estada na Patrulha do Espaço, e imediatamente anterior à minha atuação com o Pedra, ou seja, em prol da opção pela estética 1960 / 1970. Rodrigo e Xando foram mais despojados, a trajar jeans e camisetas. O Xando foi criativo ao mandar bordar uma frase emblemática da letra de "O Dito Popular", em sua camiseta que usou em cena...

Continua...

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