segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 18 - Por Luiz Domingues

O Xando gravou todas as suas partes com rapidez, apesar da complexidade observada nos arranjos elaborados, através de várias dobras de guitarras, e do uso sofisticado de efeitos, fruto de uma planificação detalhista da parte dele. O entrosamento dele com Renato Carneiro foi perfeito, e eu tive o prazer de acompanhar in loco, quase todas as sessões de sua gravação.



Com o desinteresse da parte do Tadeu pelo projeto, o Xando não teve outra alternativa a não ser deletar a sua parte na gravação. O ponto onde ele, Tadeu, sentiu-se desestimulado com o Pedra, ficou obscuro. Não houve nenhuma explicação plausível, pois ele mudou de comportamento de uma forma abrupta, e passou a comportar-se dessa forma, sem maiores esclarecimentos de sua parte.

Mas como já salientei, hoje, está claro que ele estava a envolver-se com músicos orientados pelo Heavy Metal, e este seria de fato o trabalho que sonhava realizar, visto que o Pedra tocava, aos olhos dele, praticamente no mesmo espectro de som em que ele costumava tocar, ao acompanhar o cantor, Simoninha, e outros artistas do elenco da gravadora Trama. Nós pensávamos que ele gostava e muito desse som, pois desempenhava muito bem nos temas mais MPB, com harmonizações sofisticadas, e nos temas mais Soul, tinha soluções muito boas, a denotar o swing inerente do gênero. Mas não sabíamos que ele realmente gostava era de Heavy-Metal.

Assim, ele saiu da banda sem uma despedida formal de sua parte, mas tudo bem. Dali em diante, abriu-se o caminho para o Rodrigo assumir a segunda guitarra, e o Pedra formatou-se, enfim como um quarteto.

Continua...

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