quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Autobiografia na Música - Magnólia Blues Band - Capítulo 3 - Por Luiz Domingues


No dia 22 de janeiro de 2014, recebemos Carlinhos "Jimi" Jr., um velho amigo nosso. Eu e Carlinhos Machado o conhecíamos há muito tempo, por vias diferentes. 

Em meu caso, eu o conhecera em 2001, através do Rolando Castello Junior, baterista da Patrulha do Espaço, que por sua vez  fora apresentado-lhe pelos irmãos Brandini, músicos e envolvidos com automobilismo, sendo donos de uma bela e sofisticada oficina mecânica, que além dos serviços normais em carros de passeio, prepara carros para competições (Márcio Brandini pilota e lidera a Scuderia Brandini em provas de "arrancada" no circuito oficial da categoria). Carlinhos  "Jimi" Jr. era (é) amigo pessoal dos Brandini e tornou-se nosso amigo, também.

Aliás, desde então, Márcio Brandini é meu mecânico de confiança, e já salvou-me inúmeras vezes com panes esporádicas de meu carro. E vale ressaltar que ele atende muitos músicos amigos, muitos mesmo, e a sua oficina localizada no bairro do Cambuci, é sem dúvida a oficina mecânica mais Rock'n Roll de São Paulo, comandada por ele e seu irmão, Ricardo "Magrão" Brandini, que cuida da parte financeira do negócio.
Só mais um adendo, os Brandini restauram carros vintage, e realizam um trabalho fantástico dentro desse nicho de colecionadores de carros antigos. Enfim, o Carlinhos apareceu na vida da Patrulha do Espaço, sob tais circunstâncias. 

Guitarrista da pesada, ganhou a alcunha de "Jimi", por sua brutal influência de Jimi Hendrix, e de fato, ele executa Hendrix com muita desenvoltura, e mesmo ao tocar vários estilos e tendo feito parte de bandas (incluso a "Trupi", banda de apoio de Gerson Conrad - Ex-Secos & Molhados"), montara uma banda Tributo, chamada : "Stone Free", com a qual apresenta-se regularmente, para tocar o repertório de Jimi Hendrix. 

Ele é também um técnico de informática muito competente e já salvou-me várias vezes por defeitos apresentados em meu computador, e sei que já ofereceu suporte para vários amigos meus. Pelo lado do Carlinhos Machado, havia também uma proximidade muito grande, por conta dele ter tocado na "Trupi", banda onde Carlinhos tocava, também, ao acompanhar Gerson Conrad. Portanto, quem menos o conhecia ali, foi o Kim Kehl, e o próprio dono do Magnólia e tecladista, Alexandre Rioli. 

Fiquei muito contente por saber que ele seria o novo convidado, pois além da amizade, sabia que seria uma noitada quente, com Jimi Hendrix a rondar-nos, ao estabelecer com que os Blues soassem mais ácidos. 

E não deu outra, foi uma noitada prazerosa ao extremo, quando  divertimo-nos ao tocar o set list básico da MBB, mas para acrescentar vários temas especiais para a noite e claro, Hendrix para tornar a noitada mais Rock do que Blues, pela pegada. Uma versão de "Rock'n in the Free World", do Crazy Horse, deve ter batido todos os recordes de longevidade, mesmo ao considerar-se que essa banda histórica e liderada por Neil Young, tinha / tem por característica a execução de músicas muito além de sua duração normal. Acho que ficamos por quase trinta minutos a executá-la, sob um revezamento de solos entre Carlinhos e Kim, além do Alexandre aos teclados. 

Em suma, foi muito divertida a noitada, mesmo que observada sob  baixa frequência de público, infelizmente. 

O próximo convidado seria Ivan Marcio, este um desconhecido para todos, pessoalmente a destacar, entretanto, bastante famoso na cena do Blues brasileiro, como cantor; gaitista e guitarrista.

Continua... 

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