sexta-feira, 23 de maio de 2014

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 14 - Por Luiz Domingues


Os responsáveis pelo salão não colocavam muita fé em nossa capacidade pata atrair um público melhor do que eles normalmente conseguiam apenas com a atração do som mecânico, portanto, a negociação foi lenta, arrastada, e com a nítida incredulidade por parte deles. Então, fomos diversas vezes lá, para negociar. E a cada rodada de argumentações de nossa parte, a contra-argumentação era engraçada, quase em tom de pilhéria, em forma de desculpas. Ao verificar que estávamos empenhados em fechar a data, convenceram-se e aí, fatos folclóricos começaram a acontecer. Por exemplo, o dono do estabelecimento ao dizer-nos possuir um contato no programa do Ratinho (um comunicador popularesco da TV aberta, famoso na época), perguntou se nós aceitávamos participar, mas não garantia que fosse um número musical necessariamente, pois poderia ser uma aparição sob "outra circunstância". Como assim ? 

Um de nós teria que simular um teste de paternidade com alguma garota armada pela produção, para gerar uma falso celeuma ? E outra : o patriarca da família que era proprietária do estabelecimento, empolgou-se, e disse que bancaria o show. Por um segundo, chegamos a pensar que o homem falava sério, mas logo vimos que era uma empolgação vazia. E tem mais histórias bizarras sobre tais conversas que ouvíamos por parte daquelas pessoas, mas não vou contar, para não comprometer ninguém. Eles pouco dimensionavam o nome ou a história da Patrulha do Espaço. Para a compreensão deles, nós ou uma banda cover não tinha muita diferença. O importante para eles, seria a capacidade para angariarmos público. Creio que foi ao fim de junho de 1999, que o martelo foi batido definitivamente e aí, começou a batalha pela melhor divulgação possível.
Continua... 

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