quinta-feira, 22 de maio de 2014

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 11 - Por Luiz Domingues


Eu previ dificuldades, sim, mas estava muito confiante no fato dessa formação ser a redenção da Patrulha do Espaço, que não apresentava uma regularidade estrutural, desde a saída do Dudu Chermont, em 1985. Eu confiava muito no potencial dos garotos, e tinha a certeza de que eles seriam um estouro. E também no enfoque que evocava a vibração 1960 / 1970, para trazer a Patrulha do Espaço, de volta às suas próprias raízes, pois desde 1985, estava inserida em uma onda sombria, quase dentro do Heavy-Metal.

Não via a hora para lançarmos um novo disco, e exorcizar essa aura pesada da banda. Queria dar um fim às camisetas pretas e baixo astral, e trazer incensos; batas coloridas, e o som do Sidharta a falar sobre alto astral; vibração aquariana, e "Woodstockeana". O Júnior também sonhava com esse direcionamento, mas não tinha meios para promover isso, graças aos rumos que a banda tomou após 1985. 

Por ter que manter a banda como alicerce de sua sobrevivência, pôs-se a conduzi-la na base do som pesado, ao improvisar  formações, e sem chance concreta para criar nada novo, com regularidade. Dessa forma, o Júnior adorou esse pacote que caiu-lhe inesperadamente sobre a cabeça.

Continua... 

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