terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 68 - Por Luiz Domingues


Feito o show de abertura para a Patrulha do Espaço em Limeira / SP, com grande sucesso para nós, estávamos eufóricos pela proximidade da nossa primeira apresentação na TV. Fizemos ainda um ensaio antes da gravação do programa, pois éramos muito dedicados, porque realmente não precisava....

Foi o dia 12 de julho de 1983, uma terça-feira, quando chegamos no período da tarde ao Teatro do Sesc Pompeia, zona oeste de São Paulo. Estava frio, ainda em uma época pré-aquecimento global e portanto com invernos rigorosos e bem definidos, no calendário. Quando chegamos, fomos orientados a aguardar nossa vez para realizarmos o soundcheck, e portanto aguardamos no camarim. Assim que fomos chamados ao palco para o soundcheck, tivemos uma ligeira indisposição com os técnicos do equipamento de P.A. e os técnicos da filmagem da TV Cultura.

Ocorreu que o Rubens levara o seu amplificador, e o Zé Luiz, a sua bateria Tama. Evidentemente que seria muito mais conveniente para a nossa apresentação, para que obtivesse maior qualidade sonora, que o Rubens usasse o seu amplificador, "Music Man", ao invés do amplificador, "Palmer", disponibilizado pela produção.
E por usar a sua bateria Tama, o Zé Luiz atuaria com total qualidade, ao invés de uma bateria Gope, com qualidade inferior, e meio desconjuntada. Aliás, era uma bateria que estava em todas as produções musicais da TV Cultura, e que infelizmente o Zé Luiz foi obrigado a usar em ocasiões posteriores, nesse mesmo programa e em outras produções dessa emissora. Driblamos a indisposição com os técnicos, que pelo óbvio motivo da preguiça para efetuar troca de set up entre nós e os demais artistas, não queriam que nós usássemos os nossos equipamentos. Só eu usei o amplificador de baixo disponível no palco, mas sem prejuízo para o som d'A Chave do Sol, pois era um velho Duovox, que a despeito de ser nacional, timbrava muito bem, e o meu Fender Jazz  Bass roncou forte, naquele palco. Passada essa indisposição, que aliás seria uma praxe doravante na minha trajetória musical (e que depois percebi isso em relação aos técnicos de P.A. em geral, salvo raras exceções), fomos ao camarim para aguardar a chamada para o show / filmagem. Fatos engraçados aconteceram naquele camarim, conforme relatarei a seguir.


Continua... 

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