quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Autobiografia na Música - Terra no Asfalto - Capítulo 60 - Por Luiz Domingues


Uma outra história ocorreu no final de 1980, um pouco antes da reformulação da banda com a entrada do Aru Junior. Foi em um Sarau improvisado que o Paulo Eugênio inseriu não o Terra no Asfalto, que estava parado oficialmente naquela fase da pré entrada do Aru Junior, mas de maneira informal, fomos a um sítio nas proximidades de Cotia, na Grande São Paulo, onde o objetivo foi apenas passarmos um final de semana recreativo. O local era de propriedade de amigos dele e assim, passamos um final de semana a jogar futebol em um campo oficial bem estruturado, e na noite do sábado, tocamos para entreter os convidados. Isso não fora uma novidade, pois nessa entressafra da banda na segunda metade de 1980, o Paulo já havia levado-nos para tocar informalmente de forma acústica, em festas particulares, promovidas por amigos dele.

Nessa ocasião do sítio, estávamos eu; Luiz Domingues; Geraldo "Gereba"; Wilson Canalonga Junior, e o Paulo Eugênio fez percussão e voz. A nota triste desse passeio foi que eu tive a infeliz ideia em jogar como goleiro durante o futebol vespertino, e ao fazer uma defesa, ao espalmar a bola (e imprudentemente sem usar luvas), machuquei meus dedos. anular e mindinho da mão esquerda.

Na hora, cheguei a pensar em tê-los fraturado, mas foi só o susto mesmo. Inchados e a doer bastante, prejudicou bastante a minha performance na Jam Session do sábado à noite. Não anotei isso como atividade oficial do Terra no Asfalto, pois foi muito informal mesmo. Apesar de haver ali cerca de trinta pessoas pelo menos a assistir e cantar etc e tal, aquilo fora só uma jam informal, portanto, não computei como uma apresentação oficial.
Isso deve ter acontecido por volta de outubro, pois o comentário da semana fora o show do Peter Frampton, no Ginásio do Ibirapuera, que estava para acontecer, ou já tinha ocorrido, não recordo-me direito. E um fato curioso, o Wilson  Canalonga Junior estava obcecado em aprender a executar o solo da música : "My Love", do Paul McCartney. Ficou a madrugada inteira a repetir incansavelmente aquele solo, ao ponto de sua namorada, Consuelo, brigar com ele, irritada com a repetição enjoativa. Se lembrar de mais histórias, mesmo com o capítulo encerrado, não hesitarei em reabri-lo para adendos. Feito isso, estou a chegar ao final da minha história com o Terra no Asfalto.
Continua... 

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