segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 18 - Por Luiz Domingues

Tenho esse flyer guardado, orgulhosamente no meu portfólio. Lembro-me que o fizemos de uma forma artesanal, e o copiamos, mediante xerox. Ele ficou tosco, grotesco mesmo. E os nossos amigos  ajudaram-nos a distribuí-los em meio à multidão que costumava aglomerar-se na Rua 13 de Maio, principalmente nas noites & madrugadas de sexta e sábado. 

Ao observá-lo hoje em dia, parece algo deliberadamente feito daquela forma, para dar-lhe uma aura "cool", mas na verdade, foi um horror, por ter sido feito nas coxas, literalmente e de forma muito apressada para suprir uma necessidade premente que tivemos. 

Quanto ao chapéu de bruxo, foi algo totalmente improvisado. Eu o achei no quarto de despejos da residência do Rubens, enquanto o arrumávamos para vir a tornar-se a nossa sala de ensaios. 

Deve ter sido uma peça usada em alguma festa a fantasia que nem o Rubens lembrava-se em ter participado. Pedi para usá-lo, como uma brincadeira e ficou bom. Lembrava-me a figura do guitarrista, Ritchie Blackmore , naquele famoso promo do Deep Purple, para a canção, "Highway Star", produzido em 1971 ou 1972, não sei ao certo. 

Nas duas primeiras noites, tivemos poucas pessoas, a se destacar mais os amigos do que um público espontâneo. Mas a partir da segunda semana, começou a entrar muita gente, conforme relatarei na próxima narrativa e aí, por todos os fatores em conjunto dos quais relatei anteriormente, tal conjunção colaborou para fazer dessa mini-temporada, um sucesso. 

E sim, o Rubens a rigor, fazia os seus malabarismos com a guitarra, desde o primeiro show, mas quando começou a entrar mais gente no estabelecimento, começaram as reações mais entusiasmadas durante essas apresentações (é verdade que no show do Colégio Manuel de Paiva, também houve frisson, quando ele tocou com os dentes).

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário