quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Autobiografia na Música - Terra no Asfalto - Capítulo 47 - Por Luiz Domingues


Seguiu-se mais um show no Bar Casablanca, em 24 de abril de 1981, e depois disso (25 de abril de 1981), fomos tocar em uma nova casa para nós, chamada, "Taverna Boêmia", no coração da Rua 13 de Maio, no tradicional bairro do Bixiga, de São Paulo. Esse bar tinha uma característica engraçada. O fato, foi que o palco estava colocado sob um mezanino altíssimo, e assim, na parte de baixo, era quase obrigatório ficar com o pescoço muito levantado para ver a banda, e a depender do ponto onde a pessoa estivesse, simplesmente não conseguiria enxergar o baterista da banda. E outro fator bizarro : não havia proteção alguma para os músicos, e o perigo era evidente, diante daquele precipício.
A única margem de segurança fora um arame esticado na extensão do comprimento do palco, e que segundo o dono, servia como uma lembrança "psicológica" tão somente, pois em um eventual acidente, não conteria uma pessoa de forma alguma. Apesar de tocarmos com cuidado, na realidade, éramos seis músicos ali em cima munidos de nossos enormes amplificadores Palmer; bateria, e um piano elétrico Würlitzer, a quase três metros de altura do solo... 

Isso ocorreu no dia 25 de abril de 1981, e esse esforço em colocar e tirar todo o equipamento dessa altura, foi compensado com uma bilheteria boa, oriunda de trezentos e cinquenta pagantes, nessa noite. E no dia seguinte (26 de abril de 1981), tivemos mais uma boa apresentação no "Roda D'água", do bairro do Brooklin, apesar do pequeno público com apenas quinze pessoas presentes, sob um domingo nublado, e já com o frio de outono a intensificar o seu ímpeto.

Continua... 
 

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