terça-feira, 29 de outubro de 2013

Autobiografia na Música - Língua de Trapo - Capítulo 106 - Por Luiz Domingues


Ainda a falar dessa temporada entre de abril e maio de 1984, no Teatro Lira Paulistana, lembro-me de um domingo onde tive uma crise forte de faringite. No sábado anterior, eu já sentira-me desconfortável e no domingo, foi inevitável que eu piorasse. Como havia duas sessões no domingo, no primeiro show, das 18:00 horas, eu o realizei com muito sacrifício, quase sem forças para fazer as performances teatralizadas habituais, e apenas a exercer a minha parte musical, com bastante dificuldade. Infelizmente, não anotei a data exata desse ocorrido, mas foi certamente nessa temporada citada, pois já estávamos no outono e as noites estavam a ficar frias em São Paulo. 

O empresário Jerome Vonk, e os demais companheiros, notaram que eu estava muito mal e minha garganta estava em frangalhos. Foi visível no pescoço, externamente, que estava muito inflamada, pois ficou inchado de uma forma impressionante. Quando acabou a sessão das 18:00 horas, o Jerome e os colegas cogitaram cancelar a segunda sessão, mas eu reagi, ao dizer-lhes que não seria necessário. Fora claro que eu não reunira nenhuma condição e por causa disso, fiquei deitado naquele cubículo que dava acesso ao camarim e à mesa de iluminação. 

Então, o Jerome foi a uma farmácia próxima e um enfermeiro veio aplicar-me uma injeção, cujo conteúdo tratou-se de um cocktail a conter analgésico; anti-inflamatório e penicilina. Cerca de meia hora depois, eu já estava de pé, sem febre e com ânimo para realizar o segundo show do dia. Ainda doía bastante a garganta, mas apresentei-me assim mesmo, mais revigorado e a coibir o arranhão incômodo, mediante o uso de pastilhas. Bem, expresso aqui, mais uma vez, os meus agradecimentos aos companheiros, incluso Jerome Vonk e Cida Ayres, a nossa produtora, que forneceram-me todo o apoio durante aquela tarde / noite sob debilidade e desconforto.


Continua... 

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