terça-feira, 24 de setembro de 2013

Autobiografia na Música - Língua de Trapo - Capítulo 52 - Por Luiz Domingues

Terminado o show de estreia no Tuca, recebemos amigos, muitos fãs no camarim, e apesar de sabermos que o show havia tido diversas falhas, principalmente em seu tempo de teatro, no cômputo geral, foi uma boa estreia, e o público apreciou, apesar da enorme quantidade de músicas novas, inseridas. Acrescento ainda que tocamos duas músicas como bis, "Concheta" e "Xingu Disco", que realmente levantou o público, por ser, ambas conhecidas do LP de 1982, e exaustivamente tocadas nos shows da turnê anterior, "Obscenas Brasileiras". Cumprida essa estreia, o próximo passo do Língua de Trapo foi uma micro temporada no teatro do MASP (Museu de Arte de São Paulo).
Endereço elegante e geralmente destinado à música erudita ou jazz instrumental, estava a abrigar-nos, e eu fico admirado como os tempos mudaram para pior nesse aspecto, pois hoje em dia é impensável uma banda realizar um show em um bom teatro em plena terça-feira, e na sexta subsequente, iniciar micro temporada em outro, igualmente renomado, e com lotação esgotada ! Realmente, essa perspectiva perdeu-se e a "geração balada" tomou conta, onde os shows são mero item da noitada. Mas a voltar ao assunto, os shows foram realizados nos dias 18, 19 e 20 de novembro de 1983, com uma desenvoltura muito maior. Acredito que já no segundo show no Teatro do MASP, estávamos bem mais seguros, e o público gostou, do primeiro ao último minuto. O público pagante foi excelente, quatrocentas e cinquenta; quinhentas e cinquenta e seiscentas pessoas respectivamente, para os três shows.

Continua... 

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