sexta-feira, 26 de abril de 2013

Autobiografia na Música - Língua de Trapo - Capítulo 23 - Por Luiz Domingues


Foi em um domingo a noite, que encontrei-me com o pessoal da banda, na Rodoviária do Tietê, em São Paulo. Chegamos em Curitiba no início da manhã, e seguimos para o hotel.
Descansamos na parte da manhã, e a tarde já fomos ensaiar no palco do Teatro Paiol, que gentilmente cedeu o espaço nesse período, para que ensaiássemos. No dia seguinte, tive o meu primeiro compromisso oficial com a banda : fizemos uma apresentação a dublar, e seguida por uma entrevista em um programa vespertino da afiliada do SBT em Curitiba. Infelizmente, não anotei nada desses programas de TV e rádio em que participei com o Língua de Trapo nessa fase, portanto, ficarei a dever o nome, e as datas precisas da maioria deles.
Independente disso, foi uma sensação estranha, pois foi a primeira vez na vida que eu estive em uma emissora de TV a empreender a famigerada, "dublagem". Foi a primeira de uma série, e logo faria isso bastante com A Chave do Sol, também. E é bom lembrar que eu já tinha aparecido na TV, algumas vezes anteriormente, mas sempre a tocar ao vivo, todavia, essa foi de fato a minha primeira vez com a prática constrangedora da dublagem. Senti-me ridículo, ainda mais a dublar algo que eu não havia gravado, pois todas as músicas gravadas em que dublei com o Língua de Trapo, nesse período, foram obviamente do primeiro LP da banda, onde quem gravou o baixo, foi o Luiz Lucas.


Assisti a estreia da banda a noite, nessa temporada no Teatro Paiol de Curitiba, e essa foi a rotina durante a semana toda, com ensaio a tarde, e show a noite para a banda. Eu fiz pequenas participações em alguns shows, apenas para ganhar um pouco de entrosamento com a banda, mas sem comprometer o andamento do espetáculo, que prosseguia com a tradicional troca de figurino e intervenções teatrais.
Meu foco residia no novo show, que só estrearia em 15 de novembro, no teatro TUCA (Teatro da Universidade Católica), em São Paulo. E se na parte musical eu sentia-me razoavelmente seguro com as músicas a soar quase boas, sem eu precisar olhar para anotações de harmonia, eu estava assustado em não decorar as marcações de teatro, trocas de figurino etc.

Continua...

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