quarta-feira, 9 de maio de 2012

Um Mar, o Mar - Por Julio Revoredo

O noctambulo ilhéu sem-luzios,vive sua distimia no entrelunho

Deambula em circulos labirinticos, feito espelhada borriscada.

Anfitrite como fatiloqua, surge do algaço como um marulhar

O sem-luzios sente-a como um undissono

Corta-mar
Manga-de-veludo

Marulha

Marulha

Marulha

Vê o marsopa

Ve o raino

Não mais só, o noctambulo sem-luzios,

cruza o tubado e o escarumba

Numa noite em que um mar, o mar, desvaneceu-se

Ímpar.


Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. É poeta e letrista de diversas músicas que compusemos juntos em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. É também um grande colecionador de filmes, cinéfilo que o é.

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